Lá do meu apê
De tudo se vê
De cegueira quase ninguém vê
Que me rodeiam coisas belas
A ignorância faz-me desprezá-las.
Vejo o leste reluzente
As luzes no horizonte
Se não fossem tão baixas
São casas em que as estrelas se
agacham.
Ouço o silêncio da noite
Poucos os sons sem norte
Cantos dos grilos trovadores
Resmungue do dia ensolarado
Esqueça o que o deixou bronzeado
O sol dá show no limiar do seu
crepúsculo
Lembre-me do arco-íris
O conjugar das cores
Afetou-me a íris
Trouxe-me mil amores
Menina dos meus olhos
Com anel às mãos, pôs-me a dobrar os joelhos.
Quem agenciou o espetáculo das
Auroras?
Não é Jeová? Embora tu o ignoras
Sopra os ventos solares
Em exibição vistos eventos
espetaculares
Sou ionização e dissociação
Oxigênio e Nitrogênio suas
partículas em excitação
Doam o vermelho e verde
Não sou rosa nem grama
Seu charme no espelho me prende
Sou água de represa que derrama
Viajei no ar, sou gotas de
orvalho
Se não fosse pelas flores quase
nada valho
No olhar da chita, fixa em sua
presa
Sua deslumbrante postura não se despreza
Lá do meu apê
Nem tudo se vê
“Coisas simples” é tudo que se vê ...
To be Continued...
Autor:Cláudio S'bau