sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

A procura do ângulo perfeito!!! (1)

Fotografia: Cláudio S'bau











Só areia, Soa Dunas
Só Praia, Só pras minas
Sua Vida teve suave ida
Vemos ave de rapina
Havia derrape na via:

Com Pés descalços,
Gui, Pede calços
Faz a pose do pensador
Pouse e pense na dor:

Procure a lente de aumento;
Como os olhos, ñ há semelhante
Pra capturar cada momento
Do horizonte
às ondas, os seus movimentos
Com os meus capturei
E guardei, em minha memória
Contá-las-ei em uma história.

1, 2, 3, uma a uma vão chegando                       
Uma atrás da outra, no final cantando.
Espumas formam
quando quebrando
Ou nuvens somam
quando abrasando,
As pedras ao olhar do casal apaixonado
Loira e o moreno
Laura e o Bueno:

Ao som da Malú
Vi um casal nu bosque
O sol o seu nascente
Suas cores sorridentes
Brilhando encanta a gente;

Nasce de uma
Esconde-se noutra
Sai amostra
Vai, some como a bruma:

Lá no mar o seu nascer
Nas nuvens o seu esconder
Lindo, foi tal amanhecer
Rápido, foi tal acontecer...


 Autor:Cláudio S'bau

quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

Se eu fosse

Se eu fosse cantar
Cantaria Andrea Bocelli
Se fosse encantar
Encantaria uma mulher
Mas, não qualquer mulher
Escreveria william shakespeare
Citaria Luís de Camões
Viajaria em minhas inspirações
E declamaria Agostinho Neto

Se eu fosse voltar
Voltaria com Teta Lando
Se ninguém fosse estar
Procuraria "Minha Velha" com Paulo Flores
Lamentaria meus amores
E por opção
Cegaria de amor e paixão

Se eu fosse ensurdecer
Seria do silêncio falado
aos lamentos ouvidos
desse povo que permanece calado
Qual mudo ignorado
Com desprezo
Alienado

Se eu fosse prezar
Prezaria cada agonia
Oraria a cada dia
E Se tivesse que amar
A cada um amaria
Esbanjaria alegria
E a ti mostraria
Sim
Se eu fosse mostrar
A ti mostraria
o que é amar.

 Autor:Cláudio S'bau


quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Em quem olho?


Em quem olho,
Quando fecho os olhos,
se o vermelho
é a cor do que valho,
ou com alho,
refogo meus abrolhos?

Se eu for simplório
ou meus versos pra velório;
Nós sem química ou laboratório,
me diga, se é pra ti irrisório
meus sentimentos que quão notórios
e aparentemente ilusórios,
levá-los-ei aos meus somatórios...


 Autor:Cláudio S'bau

segunda-feira, 14 de novembro de 2016

Sonetos da Mulemba 1


Nossa habitação é a mulemba;
Naquela árvore frondosa,
É ali aonde está o soba e sua esposa.
Filhos dessa terra, filhos do Semba.

Kasinda tem pemba,

Ofereceu sua vida, além de gasosa.
Disse Kumenekena com astúcia da raposa
Deu-me até arrepios no Ndemba.

Assim como um passaro,

Kasinda foi apanhado com seiva leitosa
Posto na gaiola, vê-se seu desespero;

Traiu sua mukaji, sua esposa;

Vai pagar com a vida, não dinheiro,
Conte ao soba essa cena pecaminosa…


Pequeno Glossário de algumas palavras em Kimbundu
Kimbundu: Dialeto de algumas regiões de Angola
Mulemba: Figueira africana; Soba: Chefe de uma tribo; Kasinda: Nome próprio; Pemba: feitiço; Gasosa: Propina, suborno; Kumenekena: Forma de saudação; Ndemba: Cabelo; Mukaji: Esposa.



 Autor:Cláudio S'bau

segunda-feira, 7 de novembro de 2016

TÍTULO, Ñ HÁ, Ñ


Só de pensar
em ti esquecer
em ti já estou a pensar
mesmo sem perceber
é tão bom contigo estar, apesar
de nunca contigo estar
a sois te encontrar
sem um bobo parecer
por nervoso estar
querendo se expressar
com calma e ñ apressar
a palma da mão estender
e a sua apertar
ou à ti abraçar
e deixar
de imaginar
ou fantasiar
emoções em ti despertar
por amar
ou ser amada desejar
por mim e ñ outro ser
querer olhar
abraçar
a cada minuto ansiar
ao lado seu despertar
a cada amanhecer
um bom dia te dar
mesmo sem acariciar
sua pele tocar
suavemente te mostrar
quão bom é amar.

Do meu coração
só lê-se expressões
não sei se paixão
é tais emoções
causada por cada canção
cada poesia e suas representações
seus motivos e inspiração
que levou a tais alegações
com base em explicação
por traduções
que não entendidas são
suas ações
me chamam a atenção
me prendem em grilhões
tal como Sansão
se perdendo nas visões
por amor perdeu a visão
e pois então
qual a canção
que as portas abrirão
do seu coração
pra eu ser a extensão
diz-me então
é amor não foi paixão.


Autor:Cláudio S'bau

domingo, 6 de novembro de 2016

DINHEIRO

















Dinheiro é desejo
Um forte almejo
É motivação
Direito de possessão.

É a arma da ganância
Munição pra ignorância.

Dinheiro...
É nota que o torna notável
A posse do impossível
Mais que o imaginável
É a força do corruptível.

A mescla do bem e o mal
Classifica o mísero e o abastado
Educa o cavalheiro e o animal.
Imprevisível como a varredura dum tornado.



Autor:Cláudio S'bau

terça-feira, 1 de novembro de 2016

Coisas Simples…


Lá do meu apê
De tudo se vê
De cegueira quase ninguém vê
Que me rodeiam coisas belas
A ignorância faz-me desprezá-las.
Vejo o leste reluzente
As luzes no horizonte
Se não fossem tão baixas
São casas em que as estrelas se agacham.

Ouço o silêncio da noite
Poucos os sons sem norte
Cantos dos grilos trovadores
Resmungue do dia ensolarado
Esqueça o que o deixou bronzeado
O sol dá show no limiar do seu crepúsculo
 Lembre-me do arco-íris
O conjugar das cores
Afetou-me a íris
Trouxe-me mil amores
Menina dos meus olhos
Com anel às mãos, pôs-me a dobrar os joelhos.

Quem agenciou o espetáculo das Auroras?
Não é Jeová? Embora tu o ignoras
Sopra os ventos solares
Em exibição vistos eventos espetaculares
Sou ionização e dissociação
Oxigênio e Nitrogênio suas partículas em excitação
Doam o vermelho e verde
Não sou rosa nem grama
Seu charme no espelho me prende
Sou água de represa que derrama
Viajei no ar, sou gotas de orvalho
Se não fosse pelas flores quase nada valho
No olhar da chita, fixa em sua presa
Sua deslumbrante postura não se despreza

Lá do meu apê
Nem tudo se vê
“Coisas simples” é tudo que se vê ...
To be Continued...

Autor:Cláudio S'bau

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Juventude!



Era como um cego que queria separar o açúcar do mel;
Era como se o mal estivesse abençoado
 e o bem amaldiçoado;
Era como se a coragem tivesse medo,
 e o medo coragem;

É como querer morrer de arrependimento
 e viver de teimosia;
É como um rei sem trono
 e o reino sem rei;
É a desobediência que torna-nos maduros
 e a obediência imaturos;

Será, o mundo nas mãos dos homens
 e na mente de DEUS?
Será, o vento quando ñ soprar
 e as ondas fora do mar?
Será, o princípio do futuro de nossas vidas;

Era; É; e Será o quinhão de nossas vidas…

 Autor:Cláudio S'bau


Qual o Meu Mundo?


 Qual o Meu Mundo?
Se:
É tão compenetrado de esperança frívola…
É sua presença que,
Faz-me um mudo que fala…

Se:
São seus beijos suaves,
Como o bater das asas de muitas aves…

  É seu andar que,
Provoca um terremoto que alui o meu coração…

 Qual o Meu Mundo?
Se:
Seus gemidos; 
Ah! Seus gemidos que,
Fazem-me arder de paixão,
Como o sol arde todas as manhãs…

São seus sussurros,
Melhor que o canto das andorinhas…

 Qual o Meu Mundo?
Ah! É um mundo feito de devaneios…

 Autor:Cláudio S'bau

sábado, 15 de outubro de 2016

Ciclo da Vida 1



Cada manhã em que o sol brilhar
Me deleitarei a observar
Mesmo que o seu olhar
Qual fogo me queimar

Até em tamanha escuridão há beleza
Há esperança, há lua
Em meio a mais profunda natureza
Conserva formosura, a sua

A cada crepúsculo notável é seu bel-prazer
As torrentes hibernais, quem as pode deter?
O que seu ciclo me quer dizer
Continuo sem entender

Lá, no seio da montanha
Está a sua inspiração
Há uma estação que a acompanha
Ritmada as árvores, jamais mudou de canção

Seu tapete branco, bem sabe mentir
Encobre tudo a sua frente e não o pode admitir
Precipita seus detritos, branco e leve
Mas, não são nuvens


A calvície do vulcão
Não conterá seu coração excitado
Deixá-la-ás entrar em erupção?
Exponha seu segredo.

Tal ciclo da vida, quem o pode compreender?



 Autor:Cláudio S'bau

terça-feira, 11 de outubro de 2016

Lamúrias de Um Passarinho

Há um passarinho no meu telhado,
Ele canta, canta e canta de um jeito agoniado;
Suas canções de choro e lamentos,
Anunciam um coração com tormentos:

Sua amada se foi,
Na esperança de jamais voltar;
Sua angústia o corrói,
Mergulhado no delírio, e ninguém o pode consolar:

Em pleno voo lhe foi amputado as asas,
Maldita queda, não há chão capaz de amortece-la;
Coberto de lamúrias,
Nu como se estivesse sem penas:

Vivencia sua perda, como a morte tira a vida;
Tece seu ninho na rua do além;
Mendiga seu desespero vagueando sem morada;
Nem restou-lhe sequer uma esperança como a que nasceu em Belém:

Pois, “o tempo só é cura quando existe um passa tempo”.


Autor:Cláudio S'bau

sexta-feira, 7 de outubro de 2016

Anotações


                                                                                                    Acordei fazendo anotações,
Essas, em minha memória;
Ñ quero correções,
Muito menos nessa introdutória.
Ñ quero títulos nem honras;
Ñ me contento com glória.
Poemas, ñ sei declamar,
Sequer expressa-las a quem irei amar.
Ela é uma droga;
Vicia-me, cocaína;
Deixa-me eufórico, metanfetamina.
Minha vida é um sonho,
Real é só a moeda;




Navego na tua baía,
Ó Luanda;
Penso nas tuas curvas,
Ó Leba;
Sê meu miradouro,
Ó Lua;
Congela nossos momentos,
Ó Serra;
Levanta o teu véu,
Ó Cascatas do Iguaçu.
Perante todos seus amantes, sou um pigmeu,
Um Pigmeu seria caso ñ fosse um Bantu.
Poesias são como florestas densas,
Dentro delas caminho;








Cada um tem suas crenças,
Pecado ou não,
Há quem goste de sair de fininho.
Em Deus acredite ou Não,
Todos anseiam com a salvação.
Íntegra ou devassa,
Sua vida termina em Morte;
De água ou cachaça,
Há sempre um que goste.
Enfim, se a vida é ruim pra mim,
Nem toda flor é de jardim.



Autor:Cláudio S'bau

quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Como Entender


Como entender: o sentimento Que nos impele, Nos cega, pois ele, Nos afeiçoa tudo é bonito, Sem falas chamamos de AMOR. Ser; sem tal loucura, Chamado de louco; Dar; prazer e ternura, E tudo ser pouco; Mesmo que doa, Que eu a magoe; Sem ter motivos Que eu diga: Amor me perdoe. Conhecer o sabor, De uma discussão, Ter raiva e dor, E prevalecer a compaixão. Recusar-me a dizer: Ai se eu soubesse; Quando o que mais dói é; se eu a perdesse:

Pensamentos da Madrugada


Pensamentos da Madrugada


Minha Marquesa

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Minha Marquesa
Donzela, metida a portuguesa
Calada, suas falas hipnotizam
Quem a escuta, seus ecos eternizam

Seus lábios tenros
Exalam mirras e gardênias
Ávida a cada sussurro
Mais perigosa que amônia

Na arte da sedução
Ela é o tutano
Egodistônica, ama sem compaixão
Salvo engano.

Singrou duas noites até a Ilha de Santiago
Transformou-me num Lusíadas
Se eu ñ fosse Troiano, talvez seria Grego
Ou o Da Gama e seus tiros de bombardas

Se cá fui um Luís
Ñ cheguei perto de Camões
Se amar-te é cair em maus lençóis
Quero inebriar-me com suas paixões.

Minha Marquesa
Cabra Montesa
por um dia me chame de Salomão...
 Autor:Cláudio S'bau

quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Ñ me diga Adeus


Ñ me diga adeus,
Ñ, sem ao menos me conheceres;
Ñ, sem ouvires o meu ‘bom dia’ ao amanhecer:
Ñ, se ñ posso pedir pra ficares;

Ñ me diga adeus, 
Ñ, sem me teres ensinado a amar;
Ñ, sem os céus te terem aclamado,
Ou as estrelas te terem iluminado:

A vida me formou:
Pois, um colecionador de adeuses, o sou...

Autor:Cláudio S'bau