Há um passarinho no meu telhado,
Ele canta, canta e canta de um jeito agoniado;
Suas canções de choro e lamentos,
Anunciam um coração com tormentos:
Sua amada se foi,
Na esperança de jamais voltar;
Sua angústia o corrói,
Mergulhado no delírio, e ninguém o pode consolar:
Em pleno voo lhe foi amputado as asas,
Maldita queda, não há chão capaz de amortece-la;
Coberto de lamúrias,
Nu como se estivesse sem penas:
Vivencia sua perda, como a morte tira a vida;
Tece seu ninho na rua do além;
Mendiga seu desespero vagueando sem morada;
Nem restou-lhe sequer uma esperança como a que nasceu em Belém:
Pois, “o tempo só é cura quando existe um passa tempo”.
Autor:Cláudio S'bau
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